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Alguns livros, muitas pesquisas, palestras, power points e conferências são feitas sobre os Mananciais dos quais são captadas as águas para a região metropolitana.
Lotes a espera de ocupação desenham a paisagem, esgarçando a parca infra-estrutura local.
Para as empresas imobiliárias e incorporadoras, espaços precisam ser explorados, modo de vida precisam ser padronizados para agilizar as vendas e aumentar o lucro dos acionistas.
É fácil perceber a desproporção de forças entre a população e o mercado, pois a exploração predatória conta ainda com articulações e apoio de políticos a serviço da insustentabilidade ambiental.
A lógica de alta produtividade vai produzindo uma deseconomia do dinheiro público, mesmo na cidade de São Paulo onde inúmeros apartamentos com toda infra-estrutura, são deixados vazios, desafiando o bom senso.
Na região Metropolitana Oeste de São Paulo, no espaço entre as duas principais rodovias, o Mercado Imobiliário vem esgotando a capacidade de suporte da região sem nenhuma contrapartida de investimento em infra- estrutura.
A construção de piscinões, desassoreamento de nascentes, trânsito, proteção de animais, poluição, vagas em hospitais, barulho, falta d’água, vagas em escolas, erradicação de favelas e combate a violência sempre serão soluções públicas e os custos recairão sobre toda a população na forma de novos impostos.
A lógica da insustentabilidade ambiental do mercado imobiliário ignora todos os acúmulos de problemas gerados, pois as análises ambientais são feitas individualmente e por empreendimento o que mascara seus efeitos negativos.
Por fim, é crucial ter o pé no chão e perguntar ao ESTADO:
Quais serão as conseqüências sobre a Grande metrópole do acelerado processo de desmatamento que atinge de forma definitiva os espaços verdes, que no passado formavam o CINTURÃO VERDE?
Reveladoras são as imagens, vistas de satélite, do cenário real, exibindo os limites esgarçados da relação entre o homem e a terra, de forma contundente, revelam a exploração econômica desenfreada dos recursos naturais mas, também expõem de forma crítica, o modo de vida que reforça a exploração.
Por essas razões, o olhar de cima adverte de que estamos lesando de forma imponderável uns aos outros, prisioneiros que somos dos próprios costumes, de falar muito sem nada fazer.
Esquecemos que a punição para estes excessos, nunca se limita ao indivíduo, ela sempre se estende à cidade, incorporando na paisagem novas favelas, novos deslizamentos, inundações, esgoto a céu aberto, etc....
Achei aqui boa parte das informações que eu procurava. Abs, Martha
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